segunda-feira, julho 6

Ela pega seu camel de 10, sua ginebra, sua chave, esquece de forma accidental o seu celular, e sai de casa correndo, bate a porta com toda sua forca, e corre escada abaixo como se todos seus temores estiverem atras dela, contra ela. Abre a porta, e caminha pela rua deserta euforica, se cruza com um par de pessoas com suas caras escondidas por suas paranoias.

Caminha, e caminha entre lojas fechadas, e edificios cheios de familias felizes jantando, e ela lá sosinha, e apenas o que lhe fazia compania era aquele cigarro pela metade, aquele ginebra amargo e seus pensamentos masoquistas.

Ela lembrava da ultima vez que este com ele na mesma cama, e como se arrepende de nao ter feito novas coisas, e ter mostrado uma nova faceta, que ele nao aprovaria, e hoje em dia ela nao se importa muito, até gosta da idea dele desaprovando suas novas atitudes. Ela da ultima vez que se sentiu presa, e nao sabe se gostava daquela situacao ou a detesta.

Entre seus passos e pensamentos se cruza com um velho que pergunta a razao dela estar ai sosinha e seu nome. Ela lhe responde que seu nome era Anna e estava voltando de uma ópera, lhe da um beijo nos labios meio sem razao meio babado, misturado com anzias de vomitos. Continua a andar e se encontra com um palhaço com a maquiagem escorrida e varias lagrimas escorridas entre aquela boca vermelha, e esses olhos pretos e a olha sem discrecao alguma, ela de forma firme e certa vai em direcao a ele, e lhe pergunta se perdeu alguma coisa, ele lhe pede desculpa e diz que está em outro mundo, ela pergunta se pode entrar nesse outro mundo. Ele ri meio sem graça. Ela diz, sem que ele pergunte que seu nome é Maria Ludwig Star e lhe conta que esta na rua a essa hora procurando o seu cachorro perdido. Ele se oferece a procurar, ela diz que nao se preucupe, ele a beija meio atrvido, com uma mao que a toca como se a conhecese, ela nao o para, talvez seja a forma que ela busca amor, mesmo que seja falso. Ele oferece ir ao seu apartamento a 2 quadras dai ela nao responde mais caminha atras dele. Ao chegar na porta daquele predio branco e antigo, ela sobe as escadas em silencio enquanto tem as maos dele em sua cintura. Ao chegar lah ele entra lhe oferece uma ginebra, ela aceita, enquanto ele lava seu rosto ela olha o apartamento, nao tinha moveis, apenas tinha um colchao jogado no chao, um bar e uns malabarismo jogados por ai. Quando ele volta, ela ve pela primeira vez seu rosto, era um jovem cansado, de uns 20 anos, e roupas jogadas em seu corpo sem razao. Ele lhe pergunta olhando aos seus olhos a verdadeira razao de uma menina de 15 anos nao estar em sua cara. Ela só responde que tem muito pelo que fugir e o joga na cama e le da um beijo pra fazelo calarse. Ele a afasta e diz, que só foje que é covarde, e ela o olha e adimiti que sim é uma covarde e que se ele nao gosta, ela pode ir embora. E se levanta. Ele a para esta curioso. Eles fazem sexo, ele lhe faz o amor com paixao, mais com carinho, ela lhe faz o sexo como se fosse mais um com uma atitude impersoal. Ao final ele lhe beija o braco deitado, enquanto ela sentada na cama fuma seu cigarro e nem olha aos seus olhos. Ele se dorme abracado ao desejo de acordar com ela no dia seguinte. Ela se levanta lhe da um beijo nos labios e outro na bochecha, se levanta coloca a roupa e carrega os saltos na mao, e sai do quarto dando uma ultima olhada carinhosa, e volta a rua a caminhar a fugir.

Ela pega o onibus sem saber aonde este irá, entra paga sua pasagem e senta ao lado da janela, e ve a cidade com suas luzes apagadas, ve o relogio e marca as 5:37. Depois de 20 minutos, o onibus chega ao porto da cidade. Ela dece, meio timida, e sai andar, procura algum bar aberto, mais nao o encontra. Senta na ponte em frente da empresa que a leva a outro pais. Até que um senhor de mais o menos 50 anos senta ao seu lado.
- O que voce está fazendo aqui, a essa hora, sua mae sabe que voce está aqui?
-Nao, mais o que te importa.
-Eu tenho minha vida, nao posso me preucupar de voce, luisa.
-Entao vá viver sua vida e me deixa em paz.
E acende seu cigarro, e joga sua fumaca em cima dele.
-O QUE VOCE ESTÁ FAZENDO FUMANDO. O QUE VOCE ACHA QUE TÁ FAZENDO? APAGA ISSO JÁ.
-Eu estou vivendo minha vida, pai. É isso o que eu estou fazendo.
Se levanta e vai em direcao a empresa de frente e entra no proximo navio pra qualquer lugar.

Nenhum comentário: