sábado, janeiro 9

Mil homens e uma tatuagem

Com seu casaco de pele, uma poesia do vinicius tatuada no peito, um cigarro na mao esquerda, uma petaca de vodka entre sua pele e seu fio dental, um evstido preto indiscreto parada naquela esquina tenebrosa.
Um carro importante, com os vidros oscuros se acerca a ela de forma suspeita.
Duas palabras sao ditas e ela já esta sentada no banco de tras com mais 5 homens aproveitadores.
Demasiadas maos em bauxi de seu vestido, alguma delas encontra sua petaca e a joga em baixo do banco. O carro se detem, e decem a um deserto, onde no horizonte só se ve o mesmo paisagem abandonado. Dos 5 homens, 4 se juntam a quela pobre e timida mulher, que é jogada de forma violenta ao chao atras daquele carro.
Barbaridades sairam de suas bocas maxistas, em direcao aqule indefesa mulher, chutam seu corpo, cospem em seu rostro, gozam em cima de seu sofrimento.
Um deles incentiva y termina convencendo o resto dos selvagens que esta na hora de algo mais. Os quatro baixam suas calcas chics, e ocupam seus lugares previamente decididos.
Um se posiciona em baixo dela, outro em cima, um na boca e o outro se limita a observar toda aquela cena.
Gritos, gemidos, intercambios e gozadas masculinas.
Em algum momento entre tantas trocas, o observador desaparece e volta alguns minutos depois com um objeto reflector de verdades em sua mao esquerda, e na direita seu receptor de prazer e com o que pensa a maioria das veces.
Va junto com seus companheiros e se posiciona ao lado deles. Ela ve aquele objeto e comeca a se desesperar, diz nao querer mais o dinheiro e exigi que a deixem partir.
Eles a seguram com forca, e a agredem com frases que dizem que ela nao pasa de uma prostituta, e afirmando que ela era uma estupida. Isso nao era verdade, ela era brilhante. Leu desde Hermann Hesse até Nietzsche, era otima em matematica, sabia a tabela periodica de cor, podia ler as pessoas e entender-las só de olha-las e o mais importante de tudo tinha uma ideologia e sonhos memoraveis, invejaveis, propios de dar orgulho.
Eles posicionam aquele espelho repulsivo em frente de seu rosto. Naquele reflexo ela pode ver as maos sobre seu corpo, seus olhos perfurando aquele objeto, e naquele momento ela se auto analiza, e como um reflexo quase imetiato a essa acao, chuta o espelho sem querer, quebrando -o em mil pedacos.
Gritos nervosos saem daqueles corpos masculinos que se vestem rapidamente, jogam o dinheiro em cima dela, e fogem deixando-a jogada no chao, sem roupa, sem dignidade e rodeada por mil pedacos reflectores de verdades.
Ela fica quieta, observando as estrelas, todas elas. Eram increiveis, inmaginaveis, maravilhosas. Cada uma tinha seu brilho especial, e cada uma chamava mais a atencao que a anterior...
Ao clarear o dia, ela subiu em seu salto, vestiu sua roupa, e foi caminhando em cima dos restos da noite anterior.
Novamente se encontra na sua esquina, mais por forma de magica ninguem a chamava, ninguem a olhava, prefiriam contrar o travesti gordo antes do que ela, vai entender.
E assim se passaram dias, semanas, messes sem que ninguem a contratase. Comecou a dormir na rua, e comer de latas de lixo alheias.
Um belo dia decidiu entender tudo isso, e foi a uma tarotista. Esta dice, ver uma onda de má sorte rodeando seu corpo, 7 anos pra ser exata, tinha que a ver com algum espelho quebrado...
Ela sai chorando desesperada, implorando as pessoas que trepem com ela, que nao precisariam pagar, que o facam de favor. Pediu pra velhos safados, mendigos necesitados, jovens desesperados, maridos infeis. Pediu pra todo e qualquer tipo de homem que apareceu na sua frente. Por alguma casualidade desafortunada nenhum aceitou, todos a olhavam com medo.
Seus ultimos messes de vida se resumiram a isso, implorar com que terminem com a sua má sorte, entrar mais e mais em sua propia loucura e morrer de fome.
Um belo dia, o jornalista anuncia ao mundo a morte de uma prostituta tatuada com a frase "Ninguém vive mais do que uma vez Deixa Diz que sim prá não dizer talvez" em um deserto, olhando para o ceu e com um livro em cima dela. Infelizmente esse livro foi queimado pela policia, pelo bem de seus matrimonios.

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